Mercado do Alumínio (investimento e trade)

O Alumínio é uma das Commodities que Mais Deve Crescer Nessa Década e Você Pode Investir Nele

O Alumínio é um mercado de 170 bilhões de dólares, e uma das commodities que mais deve crescer nessa década. É o metal mais abundante da Terra, formando 8% do peso da crosta, e com propriedades que fazem dele um dos metais mais importantes para a indústria moderna.

Hoje qualquer pessoa consegue negociar alumínio do conforto da sua casa, basta ter conexão com a internet.

Nesse artigo você vai ver tudo sobre essa commodity e como você pode lucrar com o alumínio.

Bauxita, Alumina e Alumínio

O alumínio não aparece na natureza em seu estado puro, é necessário extraí-lo da bauxita, um minério em que o alumínio aparece ligado ao oxigênio. Cada 5 kg de bauxita produzem 2 kg de alumina na refinaria, que geram 1 kg de alumínio na fundição, essas são as três etapas da cadeia desse metal.

O quilo do alumínio custava 1.200 dólares até 1886, mais caro que o ouro, e só era usado em talheres e broches pela nobreza. Até que naquele ano, um americano de 23 anos e um francês descobriram de forma independente como fazer a eletrólise da bauxita, o que levou o preço do alumínio de 1.200 dólares o quilo para 1 dólar o quilo em alguns anos. 

 

Indústria e Reciclagem 

Isso liberou todo o potencial do alumínio pra a indústria, já que ele é um metal leve, maleável e resistente a temperaturas entre -80 e + 300ºC. Hoje, ⅓ do alumínio usado no mundo é secundário, vem da reciclagem, e ele pode ser reciclado indefinidamente, fazendo com que 75% do alumínio já produzido ainda esteja em uso. A reciclagem utiliza só 5% da energia que a extração primária, fazendo dele um material fundamental para a economia sustentável. 

O Brasil é um dos países que mais reciclam alumínio, em 2022 foram 390 mil toneladas recicladas, a mesma quantidade da produção primária do país.

Os 4 Consumidores de Alumínio

As indústrias que mais consomem alumínio são, nessa ordem:  transporte, construção, eletrônicos e embalagens. Ele tem sido cada vez mais utilizado em veículos e aviões no lugar do aço devido à sua leveza, em peças como radiador, roda, pára-choque, suspensão, capô, porta, com o peso de um veículo sendo reduzido em 1 kg para cada quilo de alumínio utilizado.

Na construção, o alumínio é o segundo metal mais utilizado, em estruturas como janelas, cortinas, telhado, corrimão e escadas. Nos eletrônicos, ele também é onipresente: está no smartphone, tablet, laptop, TVs de tela plana e monitores, e a 4ª maior indústria que o utiliza, e talvez a mais conhecida, é a de embalagens: folha de alumínio, latinhas de cerveja e refrigerante e embalagens em geral, onde o alumínio vem substituindo o plástico por ser reciclável e não vir de combustíveis fósseis. 

Por isso, essa é uma das commodities que mais deve crescer até 2030, mais de 6% ao ano, com os maiores consumidores estando na China, Estados Unidos, Índia, Japão e Alemanha, e os maiores produtores sendo China, Rússia, Canadá, Austrália e Noruega. 

Investindo em Alumínio

Para quem investe em alumínio, os principais riscos incluem a dependência da matéria-prima, a bauxita, regulamentações, tensões geopolíticas e concorrência de materiais alternativos. Monitorar esses fatores é crucial para ganhar vantagem no mercado, quanto maior for o prazo do seu investimento.

Pra investir em alumínio, a gente tem 3 opções principais. Não é uma recomendação desses ativos, é só pra você conhecer formas de lucrar com o alumínio e fazer a sua própria pesquisa desses ativos. 

Ações do Setor de Alumínio

A primeira forma é diretamente por ações de empresas que produzem alumínio. As mais tradicionais do setor são a Alcoa (AA), uma das maiores mineradoras de bauxita do mundo, e que também opera refinarias de alumina.

Outra é a Rio Tinto (RIO), o 2º maior grupo de mineração do mundo, mas só 9% do faturamento dela vem do alumínio, ¾ vem do minério de ferro, mas ainda assim ela tem 5 minas de bauxita, 4 refinarias de alumina e 14 fundições de alumínio. Uma empresa mais focada em alumínio é a Century Aluminum (CENX), com 3 fundições nos Estados Unidos e uma na Islândia.


ETFs de Alumínio

A segunda forma de se expôr a esse metal é via ETFs, os fundos de índices, em que você pode se expôr ao setor de materiais básicos como um todo, com o IYM, um ETF da série iShare, da Black Rock que reúne ações de empresas americanas de produtos básicos, como metais, papel e químicos.

O DBB é um outro ETF, da Invesco, que reúne 3 metais básicos para a indústria: alumínio, zinco e cobre, praticamente ⅓ de exposição a cada um, ou o XME, que replica o índice de metais do S&P500, incluindo carvão, metais e aço. Cerca de 11% dele é alumínio. Esse é para se expôr a um índice, e não a empresas do setor.


Derivativos de Alumínio

A terceira forma é negociando diretamente o preço do alumínio através de algum derivativo, mas sempre obedecendo a regulamentação do seu país, nada nesse vídeo é recomendação

Claro que tem outras formas de se investir, por contratos futuros, que a indústria do alumínio usa para se proteger, e reflete o preço do material, ou por opções, que tem suas próprias regras, então escolha o instrumento mais apropriado pra você.

Nesse vídeo eu analiso o gráfico de preço do alumínio:

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